Um começo que nasce cedo e vai longe
Quem chega cedo ao Colégio Nossa Senhora das Dores já encontra o Rafael em movimento. Com passos ágeis e olhos atentos, ele circula pelos ambientes escolares garantindo que tudo esteja limpo, organizado e acolhedor para os estudantes, professores e famílias. Trabalhar com capricho é seu modo de demonstrar respeito pelo espaço e pelas pessoas: “É pelo que eu faço. É pelo meu trabalho”, afirma com a simplicidade de quem sabe o valor da dedicação silenciosa de quem trabalha no CNSD há 23 anos!
Mesmo com uma rotina puxada, ele mantém o cuidado constante nos detalhes. Ser conhecido pela responsabilidade e pela constância não é um acaso, mas fruto de quem entende que servir bem é um ato de dignidade. “É o sustento da minha família, é muita oração, é agradecer a Deus pelo trabalho no CNSD”, completa.
Quando aprender se torna conquista pessoal
A trajetória do Rafael no CNSD não começou pelo crachá, mas pelo caderno. Foi aluno do EJA (Educação de Jovens e Adultos) no colégio, movido pelo desejo de aprender o que a infância não permitiu: “Eu queria aprender a ler e escrever”, conta, com um brilho nos olhos que não esconde o orgulho. A sala de aula, antes distante, se tornou parte da vida adulta, e o momento mais marcante não poderia ser outro: “Foi quando comecei a ler e a escrever.”
O colégio, nesse processo, não foi apenas uma escola, mas um espaço de acolhimento: “Fui muito bem recebido pelo colégio e pela professora”, relembra com gratidão. Sua história é uma prova de que nunca é tarde para aprender e de que a educação transforma mais que o saber — ela transforma vidas.
O colégio como extensão da família
Hoje, a história continua com novos capítulos. Rafael não é apenas colaborador e ex-aluno: é também pai de estudante do CNSD. Seu filho estuda na escola desde o Pré I, e acompanhar seu crescimento no mesmo ambiente em que trabalha e estudou é motivo de emoção diária. “É uma emoção muito grande ver meu filho estudando no colégio em que eu trabalho”, diz.
Para Rafael, isso significa mais do que praticidade ou conveniência: é ver, na prática, um ciclo de oportunidades que se perpetua. É confiar no espaço que um dia o acolheu para também cuidar da próxima geração de sua família.
Memórias que marcam e paixões que movem
Rafael fala com reverência quando recorda a Irmã Vanete, religiosa da Congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, que o marcou profundamente: “Ela sempre me acolheu com muito carinho. Jamais esquecerei dela.” Esse reconhecimento àqueles que o estenderam a mão revela a sensibilidade de um coração agradecido, atento aos laços que vão além do dia a dia.
E como todo grande coração, o de Rafael também bate forte por uma paixão esportiva: o Corinthians. Com um sorriso largo, resume tudo em três palavras que dizem muito mais do que parecem: “Alegria! Alegria! Alegria!”
No fim, quando perguntado o que o CNSD representa em sua vida, ele responde sem hesitar: “Força, alegria, acolhida.” E talvez não haja palavras melhores para definir também quem é o Rafael para toda a comunidade do CNSD.